Ciências, Ecologia, Animais
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Em agosto, setembro e outubro, Mahal continuou tendo muitas atividades junto à natureza e ao ar livre.

Em agosto, criamos um laguinho meditativo no jardim, fez longas caminhadas, sessões de remo durante a maré baixa, continuou brincando bastante nas ondas da maré alta, participou dos encontros da associação. Pesquisamos sobre transplante de coração, assunto ao qual chegamos porque ele queria aprender a desenhar um coração de verdade, e a possibilidade de transplantar o surpreendeu bastante. Depois, ele se perguntou se seria possível transplantar cabeças e descobrimos informações muito interessantes a esse respeito. Falamos também sobre as tartarugas e os caramujos, que temos em nosso jardim, mencionando as diferenças e as semelhanças entre répteis e moluscos.

Em setembro, em Paris, além de brincar e alimentar pombos, corvos e patos em parques e praças públicas, Mahal percebeu a maior dificuldade em se aproximar dos corvos, por serem mais ariscos e terem mais medo das pessoas. Conversou com um senhor francês que chegava perto deles ao ponto de que comessem de sua mão e descobriu que é possível construir uma relação de confiança com os corvos. O homem lhe contou que fazia anos que ia sempre ao mesmo lugar no parque e ficava sentado por bastante tempo, em silêncio, sem se mover muito, até os pássaros começaram a confiar, se aproximar, pousar em sua mão e comer do que ele lhes oferecia. Mahal fez pequenos experimentos exercitando sua imobilidade e entendeu que, de fato, quanto mais quieto ele ficava, mais os corvos se acercavam, mas ficou claro também que precisaria de bastante tempo para desenvolver uma relação de confiança com eles.

Em outubro, Mahal foi duas vezes à fascinante Cité des Sciences et de L’Industrie, a Cidade das Ciências e da Indústria, onde participou de diversos experimentos e jogos interativos que abriram sua percepção para o mundo científico. Entre outros temas, descobriu mais sobre meteoros, jogos eletrônicos, a formação de vórtices aquáticos, batimentos cardíacos e música geométrica. Visitou um antigo submarino, conheceu um pouco sobre a história dos submarinos e também sobre os animais que existem nas grandes profundidades do oceano. No planetário, descobriu sobre as pesquisas que estão sendo feitas para descobrir se existem outros planetas habitados além da Terra e das tentativas de comunicação com essas prováveis vidas extraterrestres. Por fim, nos jogos interativos, descobriu muitos movimentos inerentes à existência: a metamorfose das lagartas, o que acontece quando dois reflexos se fundem em um único espelho, sombras que conseguem ser muito mais assustadoras que a realidade, os processos de transformação da água, as consequências ocasionadas por diferentes possibilidades de escolha, as várias fases da própria vida humana e a relatividade da identidade.